Promotor de Justiça Aldo Rodrigues alerta sobre baixa cobertura vacinal da população de Feira de Santana

Aldo Rodrigues estará na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Feira de Santana, na próxima quarta-feira (21/06/2023).
Aldo Rodrigues estará na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Feira de Santana, na próxima quarta-feira (21/06/2023).

Alertar aos órgãos governamentais e também à população para o risco da retomada de doenças consideradas erradicadas, por conta do baixo índice da vacinação. Este é o objetivo da presença do promotor público Aldo Rodrigues na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Feira de Santana, próxima quarta-feira (21/06/2023). Na sessão desta quinta-feira (15/06/2023), a presidente da Casa da Cidadania, Eremita Mota (PSDB), falou sobre o tema e conclamou os colegas a ouvir o pronunciamento do promotor. O Legislativo pretende convidar instituições a exemplo da Universidade Estadual de Feira de Santana, faculdades privadas, escolas de ensino médio e fundamental, além dos agentes de endemias e outros vários segmentos em vista da importância do assunto.

Nos últimos anos, salienta Eremita, ocorreu uma significativa diminuição do número de pessoas vacinadas em todo o país, o que se verifica em Feira de Santana, inclusive relativo à Covid-19, pandemia que ceifou milhares de vidas. A baixa cobertura vacinal, diz a dirigente, é resultado principalmente de uma forte divulgação de fake news – notícias falsas anunciando que vacinas tem causado doenças e até mortes por infarto. “Levam muita gente a recuar, perigosamente, pois isto na verdade deixa cidadãos desprotegidos”. Quando alguém deixa de se vacinar, alerta a vereadora, pode até não se tornar paciente grave, caso venha a contrair alguma doença, mas se torna transmissor em potencial, podendo infectar e causar dano sério à saúde do seu semelhante.

Para a presidente da Câmara, o desinteresse da população é consequência de “descaso do poder público”. Falta, em seu entendimento, eficiência dos municípios em seus postos de saúde.

“As pessoas se desestimulam quando perdem tempo visitando várias unidades e não encontram o serviço”, critica.

Entre 2002 e 2012, a cobertura vacinal média do Brasil foi de 95%. Em 2019, a queda na cobertura vacinal atingiu patamares preocupantes. Nenhuma das nove vacinas indicadas para bebês atingiu a meta prevista pelo governo e quatro delas tiveram os piores resultados da série histórica. Com esses números desfavoráveis, Eremita defende a realização de força-tarefa, por parte dos órgãos responsáveis, visando a imunização em massa e, sobretudo, uma campanha em relação a notícias falsas.

O calendário nacional de imunização oferece 15 vacinas, disponíveis anualmente de forma totalmente gratuita para a população através do SUS, todas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS): BCG, HPV (vírus do papiloma humano), Pneumocócica, contra pneumonia, Meningocócica C, Febre Amarela, VIP/VOP (vacina inativada e vacina oral poliomielite), Hepatites A e B, Penta (vacina adsorvida difteria, tétano, recombinante, Haemophilus influenzae b – conjugada e pertussis), Rotavírus, Influenza, tetra viral (varicela-catapora, sarampo, caxumba e rubéola), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), dupla adulto (difteria e tétano), dTpa (difteria, tétano e coqueluche).

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