Nesta terça-feira (19/09/2023), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, emitiu uma decisão determinando a soltura de quatro investigados envolvidos em um caso de fraude relacionado a cartões de vacinação, que possui conexões com pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os quatro indivíduos liberados incluem o sargento Luis Marcos dos Reis, que fazia parte da equipe de Mauro Cid; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, também encarregado da proteção pessoal de Bolsonaro; e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
A operação que investiga o caso, autorizada pelo ministro em maio, se concentra em um grupo suspeito de inserir informações falsas sobre a vacinação contra a COVID-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. As investigações apontam que esse grupo, com ligações com Bolsonaro, teria inserido dados falsos no programa ConecteSUS, desenvolvido pelo Governo Federal para informatizar e integrar os registros de saúde dos cidadãos. Isso teria sido feito com o propósito de obter vantagens ilícitas e certificados de vacinação contra a COVID-19.
De acordo com a Polícia Federal (PF), as informações falsas foram inseridas nos sistemas do Ministério da Saúde pouco antes da viagem de Bolsonaro para os Estados Unidos em dezembro de 2022, onde a entrada de estrangeiros no país exigia comprovante de vacinação contra a COVID-19.
A PF alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro, sua filha de 12 anos, Mauro Cid e sua esposa, bem como suas três filhas, se beneficiaram do esquema.
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