Brasília foi palco do encerramento do VII Encontro Nacional das Comissões Estaduais para Erradicação do Trabalho Escravo, e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) marcou presença no evento que celebrou os 20 anos da Conatrae (Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo). O encontro, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, teve como objetivo fomentar o debate e o intercâmbio entre os estados sobre práticas e estratégias de combate ao trabalho escravo no Brasil.
Admar Júnior, coordenador de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo (Coetrae-Ba) da SJDH, destacou a relevância do evento, salientando que a trajetória da Conatrae é marcada por avanços significativos na conscientização, prevenção e enfrentamento ao trabalho escravo, consolidando-se como referência nacional. Durante os três dias de encontro, representantes de todo o país, especialistas e organizações envolvidas na erradicação do trabalho escravo discutiram estratégias e compartilharam experiências, fortalecendo os laços entre as entidades comprometidas com essa importante agenda.
A consultora da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Dayane Coelho, conduziu uma discussão sobre a importância das Comissões Estaduais na construção do III Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, ressaltando a necessidade de cooperação entre os estados para o alcance de objetivos comuns. A programação incluiu também grupos de trabalho para análise do Pacto Federativo para a erradicação do trabalho escravo, conversas com diretores de filmes e uma feira de conhecimentos com expositores abordando temas relacionados à agenda do encontro.
Admar reiterou que o encontro é uma oportunidade crucial para renovar o compromisso conjunto na erradicação do trabalho escravo, enfatizando a importância da cooperação entre governo, sociedade civil e setor privado. O evento contou com a participação de Luís Henrique Góes, um trabalhador baiano resgatado de trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul, que integrou a mesa de abertura, trazendo a perspectiva prática e humana para as discussões.
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