A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, anunciou que o comunicado conjunto resultante da reunião dos ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 será notavelmente mais breve, refletindo as “prioridades brasileiras”. O Brasil, atual detentor da presidência temporária do grupo composto pelas 19 maiores economias mundiais, mais a União Africana e a União Europeia, coloca em destaque a urgência no combate à fome e à desigualdade.
O documento, tradicionalmente lançado ao término de cada encontro, servirá como guia para as discussões ao longo do ano, abordando temas cruciais como economia global, riscos, oportunidades e prioridades para o ano em questão. Em meio às profundas divisões geopolíticas evidenciadas na recente reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, espera-se que os assuntos financeiros mantenham o foco nas questões econômicas, deixando de lado as tensões políticas que marcaram encontros anteriores.
O Brasil busca promover a discussão sobre tributação internacional e o uso mais eficiente dos organismos multilaterais de fomento, especialmente no apoio à transição econômica. A embaixadora Tatiana Rosito ressalta que o G20, embora não seja um fórum executivo, desempenha um papel crucial na projeção de decisões consensuais nos países-membros. Além disso, enfatiza que o Brasil apresentará propostas concretas durante as sessões temáticas relacionadas à desigualdade, crescimento, estabilidade financeira, tributação internacional e dívidas dos países.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mesmo diagnosticado com Covid-19, participará de forma virtual, defendendo a proposta de taxação global dos super-ricos. O encontro, que reúne 27 delegações, também contempla encontros bilaterais, incluindo discussões sobre perspectivas globais de crescimento, emprego, inflação e estabilidade financeira. A ênfase está na identificação de melhores práticas para enfrentar desafios como o aumento da dívida global, financiamento para o desenvolvimento sustentável e as perspectivas do setor financeiro nos anos vindouros.
*Com informações do Correio Braziliense.
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