Armazéns no Porto de Salvador, operados pela Companhia de Docas do Estado da Bahia (CODEBA), foram interditados pela Inspeção do Trabalho devido a sérios problemas estruturais e de segurança, revelando uma situação preocupante para os trabalhadores que atuam no transporte de cargas pesadas.
A interdição, que aconteceu na segunda-feira (25/03/2024), foi desencadeada pela constatação de fardos de celulose empilhados em altura considerável, chegando a seis metros, o que representa um risco significativo de tombamento tanto para a carga quanto para as empilhadeiras. Além disso, os armazéns apresentam pisos desnivelados, com buracos e saliências, aumentando ainda mais o perigo de acidentes.
O Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA) informou que a interdição foi motivada pela pressão dos trabalhadores, que há tempos reivindicavam melhores condições de segurança no local. Essa demanda se intensificou após um acidente fatal envolvendo uma empilhadeira e um trabalhador, ocorrido em outubro de 2021, onde o funcionário veio a óbito após ser esmagado pela máquina.
O diretor do SAFITEBA, Rivaldo Moraes, destacou que além dos problemas estruturais e de empilhamento irregular dos fardos, os armazéns carecem de equipamentos básicos de combate a incêndio. A ausência de extintores suficientes, saídas de emergência, iluminação adequada e até mesmo uma rede de hidrantes coloca em risco a vida dos trabalhadores em caso de ocorrências.
Para reativar os armazéns, a CODEBA precisará atender às recomendações detalhadas pelos Auditores Fiscais do Trabalho, que incluem desde correções estruturais nos pisos até a implementação de medidas eficazes de prevenção a incêndios, em conformidade com a legislação vigente. O SAFITEBA ressaltou a importância de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, enfatizando a necessidade de ações imediatas por parte da empresa para evitar futuros acidentes.
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