Nesta terça-feira (05/03/2024), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou através de uma carta enviada ao Congresso norte-americano que as sanções impostas à Venezuela serão mantidas por mais um ano. Biden justificou sua decisão, destacando que a situação no país sul-americano continua a representar uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos. A medida mantém a emergência nacional declarada na Ordem Executiva 13.692, relacionada à situação na Venezuela. No entanto, a decisão dos EUA vem em meio a críticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao impacto dessas sanções sobre a população venezuelana.
No mês passado, a ONU reconheceu que as medidas têm impedido a implementação de planos sociais e agravado a crise humanitária no país. O relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, ressaltou que as sanções têm limitado drasticamente a capacidade do governo venezuelano de financiar programas sociais e fornecer serviços básicos à população. Durante sua recente missão de duas semanas à Venezuela, Fakhri testemunhou a gravidade da situação, observando níveis alarmantes de fome e desnutrição entre os venezuelanos. Embora reconheça os esforços do governo de Nicolás Maduro para reduzir a dependência do país da receita do petróleo e promover a produção local, Fakhri expressou profunda preocupação com o impacto das sanções na população, que já resultaram em um aumento da pobreza e da emigração em massa.
*Com informações da Sputnik News.
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