Reportagem de Veja revela minuta com ordem de prisão para diversas autoridades no Caso Bolsonaro e Atos Antidemocráticos; Delator do Exército confirmou em depoimento 

Ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro detalha minuta golpista discutida no Palácio da Alvorada em 2022.
Ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro detalha minuta golpista discutida no Palácio da Alvorada em 2022.

No desenrolar do Caso Bolsonaro e Atos Antidemocráticos, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de colaboração premiada, expôs detalhes cruciais sobre uma minuta discutida pelo então presidente no final de 2022. Nesta minuta, constavam cláusulas que não apenas visavam a prisão de membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente do Senado, mas de uma extensa lista de autoridades. Segundo relatório da Polícia Federal, a razão para tais ordens era a divergência ideológica desses alvos em relação ao ex-presidente; As informações foram reveladas em reportagem da Revista Veja, em publicação deste sábado (09/03/2024).

O documento, descrito por Cid em sua delação, continha uma série de “considerandos” elaborados por figuras como Filipe Martins e o advogado Amauri Saad, numa tentativa de fundamentar juridicamente a anulação das eleições. Nesse contexto, os três comandantes militares foram consultados sobre possíveis medidas a serem tomadas. Em uma reunião em 7 de dezembro de 2022, o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria endossado a sublevação.

Braço-direito de Bolsonaro, o delator revela que a minuta não só visava membros do STF e do Senado, mas também outras autoridades que se opunham ideologicamente ao ex-presidente, embora sem nomeá-las. O documento mencionava a convocação de novas eleições, porém sem detalhar os responsáveis por tal ação, segundo Mauro Cid.

Após tomar conhecimento do conteúdo, Bolsonaro pediu que a minuta fosse editada para mencionar apenas a prisão de Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições sob a alegação de fraude no pleito. Em uma reunião posterior no Palácio da Alvorada, o ex-presidente apresentou os “considerandos” aos comandantes das Forças Armadas sem informá-los sobre os planos de prisão e convocação de novas eleições.

A Polícia Federal, em seu relatório, apontou Almir Garnier como o comandante que teria apoiado o golpe. Embora não presente na reunião, Cid afirma ter sido informado por outro general sobre o conteúdo discutido. O ex-presidente buscava compreender a reação dos comandantes às propostas do documento.

*Com informações da Revista Veja.

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