Riqueza histórica e cultural do Subúrbio Ferroviário de Salvador marca os 475 anos de fundação da primeira capital do Brasil

Vista aérea de Praia do Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Conheça a história e os tesouros culturais do Subúrbio Ferroviário de Salvador, uma região repleta de diversidade e legados históricos.

No contexto das celebrações pelos 475 anos de Salvador, a Casa das Histórias de Salvador surge como um presente à cidade, destacando o rico Acervo da Laje, uma coleção que há 14 anos reúne obras de artistas do Subúrbio Ferroviário. Localizada no bairro de São João do Cabrito, a exposição apresenta uma variedade de expressões artísticas, incluindo pinturas, fotografias, esculturas e objetos históricos, oferecendo aos visitantes uma jornada pela diversidade cultural e histórica da região.

O Subúrbio Ferroviário de Salvador é uma área de contrastes e riquezas, impossível de resumir em uma única narrativa. Desde sua ocupação anterior à fundação da capital baiana, em 1549, até os dias atuais, a região testemunhou transformações significativas que refletem a própria história do Brasil. Antes mesmo da chegada dos colonizadores, o território abrigava os povos tupinambás, como evidenciado pelo importante sítio arqueológico do Sambaqui da Pedra Oca, em Periperi.

Com a colonização, o Subúrbio se tornou um importante polo da economia açucareira, deixando marcas profundas da cultura negra e das religiões de matriz africana, especialmente no histórico Parque São Bartolomeu. A resistência cultural também se manifestou no Quilombo do Urubu, destacando-se como um espaço de luta e preservação das tradições africanas, além de ser um local de resistência contra a escravidão.

A chegada da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco, em 1860, trouxe novos rumos ao Subúrbio, tornando-o um importante centro de desenvolvimento industrial e habitacional. A descoberta da primeira jazida de petróleo do Brasil no Lobato, em 1939, marcou uma nova fase na história da região, impulsionando um intenso crescimento populacional e econômico, com a instalação de empreendimentos como o Porto de Aratu e o Centro Industrial de Aratu.

Ao longo do tempo, o Subúrbio Ferroviário se consolidou como uma área de múltiplas identidades e realidades, refletindo a diversidade social, cultural e histórica do povo baiano. Suas ruas, casas, comunidades e patrimônios contam uma história única, repleta de desafios, conquistas e resistências, que contribuem para a construção da identidade e da memória coletiva da cidade de Salvador.

Destaques do Subúrbio Ferroviário de Salvador

  1. História e Arqueologia

    • Criação do Engenho de Afonso Torres em 1544 (anterior à fundação de Salvador em 1549).
    • Início dos estudos do Sambaqui da Pedra Oca em Periperi em 1961.
  2. Cultura e Religião

    • Fundação do Quilombo do Urubu no início do Século XIX.
    • Presença da cultura negra e religiões de matriz africana, especialmente no Parque São Bartolomeu.
  3. Desenvolvimento Industrial e Habitacional

    • Inauguração da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco em 1860.
    • Crescimento populacional significativo a partir dos anos 1970, com a cidade atingindo 2 milhões de habitantes em 1990.
    • Instalação de empreendimentos como Porto de Aratu, Centro Industrial de Aratu (CIA) e Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba).
  4. Formação Urbana e Social

    • Diversidade na formação do Subúrbio, com bairros planejados e outros de ocupação desordenada.
    • Ocupações desordenadas em toda Salvador e no Subúrbio a partir da descoberta da primeira jazida de petróleo no Lobato em 1939.
  5. Aspectos Geográficos

    • Localização privilegiada ao longo de um litoral com belas praias e mar calmo, abrigado pela Baía de Todos-os-Santos.
    • Região com um dos maiores parques urbanos do país.
Exposição da Casa das Histórias de Salvador apresenta o Acervo da Laje.
Exposição da Casa das Histórias de Salvador apresenta o Acervo da Laje.
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