A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) lançou propostas para políticas de reaproveitamento de pastagens degradadas, visando uma agricultura mais sustentável. No Brasil, existem cerca de 28 milhões de hectares de áreas de pastagens em degradação, equivalentes ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul. O cerrado é o bioma mais afetado, com destaque para Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará.
Para aproveitar essas áreas de forma mais eficiente, o governo federal criou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis. A Embrapa elaborou um livro com mais de 30 sugestões de políticas públicas para implantação do programa, considerando a expertise e tecnologia disponíveis.
Segundo a Embrapa, cada área a ser recuperada requer um estudo local detalhado, considerando aspectos biofísicos, infraestrutura, meio ambiente e questões socioeconômicas. O planejamento das ações é crucial, levando em conta o histórico da pecuária local e os fatores que influenciam os sistemas vigentes.
Para viabilizar o reaproveitamento, é necessário criar condições como acesso ao crédito, capacitação dos produtores e assistência técnica. Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa, destaca a importância de integrar políticas públicas e oferecer suporte contínuo aos produtores.
Na comemoração dos 51 anos da Embrapa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um exemplar do livro com as propostas. O Brasil possui 160 milhões de hectares de áreas de pastagem, com a pecuária empregando mais de 15 milhões de pessoas, sendo um terço desses empregos na pecuária bovina. O país é o segundo maior produtor e o maior exportador de carne bovina do mundo.
*Com informações da Agência Brasil.
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