O empresário John Textor, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) Botafogo de Futebol e Regatas, compareceu à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas para reafirmar suas alegações sobre a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Em um depoimento à tarde desta segunda-feira (22/04/2024), Textor declarou que possui provas substanciais para sustentar suas denúncias, as quais seriam entregues à comissão em uma reunião secreta.
Falando em inglês e contando com tradução simultânea, Textor agradeceu à CPI por sua investigação sobre as denúncias de manipulação no futebol, destacando que tal iniciativa é rara em todo o mundo. Ele ressaltou não desejar prejudicar nenhum indivíduo específico, reconhecendo a coragem da comissão em abordar a questão. O empresário também elogiou a legislação da SAF, que, segundo ele, facilita os negócios e permite avanços para o futebol nacional.
Textor comparou a manipulação de resultados à prática do doping, alegando que é um problema global. Ele afirmou que a tecnologia utilizada pela empresa Good Game!, contratada para análise de partidas, pode identificar padrões anômalos nos jogos, embora não explique as motivações por trás dessas irregularidades. O empresário indicou que algumas partidas afetaram indiretamente o Botafogo e expressou confiança de que suas provas poderiam levar a ações por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e das autoridades policiais.
Na sessão de perguntas, Textor foi confrontado pelo presidente da CPI, Jorge Kajuru, sobre uma suposta contradição em suas declarações anteriores. Ele respondeu que não houve contradição e reafirmou suas denúncias, afirmando que não acusou diretamente o Palmeiras ou o São Paulo, mas identificou eventos suspeitos em jogos envolvendo esses clubes. O empresário também sugeriu que a relação da CBF com a mídia e a rápida decisão do STJD em arquivar suas denúncias podem indicar interferência externa.
*Com informações da Agência Senado.
Seja o primeiro a comentar