Processo de cassação de Chiquinho Brazão é aberto pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

Câmara dos Deputados decide pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.
Câmara dos Deputados decide pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou, nesta quarta-feira (10/04/2024), o processo que poderá levar à cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O pedido de abertura do processo disciplinar foi feito pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), alegando suposta quebra de decoro parlamentar relacionada ao envolvimento do deputado no assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.

Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime que chocou o país e teve grande repercussão internacional. Desde 24 de março, o deputado está detido, e a executiva Nacional do partido União Brasil aprovou, por unanimidade, a expulsão dele da sigla.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), sorteou três nomes de possíveis relatores para o processo: Ricardo Ayres (Republicanos-TO); Bruno Ganem (Podemos-SP); e Gabriel Mota (Republicanos–RR). Os deputados pertencentes ao antigo partido de Brazão foram excluídos do sorteio.

Durante a sessão do Conselho de Ética, o deputado Domingos Sávio (PL-MG) protocolou nova representação para pedir a perda do mandato de Chiquinho Brazão. Ele também manifestou discordância em relação à ordem de prisão em flagrante de Brazão, argumentando que o convívio com o acusado na Câmara é inaceitável. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) rebateu, justificando a necessidade da prisão preventiva de Brazão pela obstrução das investigações policiais sobre os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Enquanto isso, em paralelo à abertura do processo na Comissão de Ética, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara analisa a manutenção da prisão preventiva de Chiquinho Brazão. Após a votação do parecer pela CCJ, a prisão será analisada pelo plenário da Câmara em votação aberta e nominal, prevista para ocorrer no mesmo dia. A decisão será crucial não apenas para o futuro político de Brazão, mas também para a imagem e integridade da Câmara dos Deputados.

Prisão de Chiquinho Brazão é mantida pela Câmara dos Deputados

Após intensos debates e votação no plenário da Casa, a Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (10), pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Com 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções, a maioria absoluta dos membros da Câmara se posicionou pela continuidade da detenção do parlamentar, que é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.

A decisão da Câmara segue a determinação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou por unanimidade a prisão de Brazão, junto com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Os três estão sob investigação pelo homicídio de Marielle e Anderson.

O parecer favorável à manutenção da prisão foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, por 39 votos a 25. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a decisão será comunicada ao Supremo Tribunal Federal conforme o procedimento.

O advogado de defesa de Chiquinho Brazão, Cleber Lopes, contestou a decisão da CCJ, alegando que a prisão preventiva do deputado vai contra a Constituição Federal, que só permite a prisão em flagrante delito e por crime inafiançável. Lopes também argumentou sobre a falta de competência do STF para julgar o caso, considerando que os eventos ocorreram antes da eleição de Brazão como deputado federal.

A decisão da Câmara dos Deputados representa um passo significativo no desdobramento do caso Marielle Franco, demonstrando a seriedade com que as autoridades políticas e judiciais estão tratando o assunto.

*Com informações da Agência Brasil.

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