MST tem prejuízo de R$ 90 milhões e 420 famílias atingidas por chuvas no Rio Grande do Sul

A situação requer medidas urgentes para assistência às vítimas e reconstrução das áreas afetadas.
A situação requer medidas urgentes para assistência às vítimas e reconstrução das áreas afetadas.

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde o final de abril deixaram um rastro de destruição em seis assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), resultando em sérios prejuízos materiais e humanos. Segundo levantamento divulgado pelo MST, 420 famílias foram atingidas, sendo 290 desabrigadas e 38 conseguiram retornar para reconstruir suas áreas devastadas. O prejuízo estimado chega a R$ 90 milhões, considerando perdas na produção agrícola, estruturas e animais.

Os assentamentos afetados estão localizados na região metropolitana de Porto Alegre e na região central do estado, sendo eles Integração Gaúcha (IRGA) e Colônia Nonoaiense (IPZ), em Eldorado do Sul; Santa Rita de Cássia e Sino, em Nova Santa Rita; 19 de Setembro, em Guaíba; e Tempo Novo, em Taquari.

Além dos prejuízos materiais, as chuvas impactaram diretamente a vida das comunidades, com perdas significativas na produção agrícola, estruturas, animais e na própria segurança das famílias. O MST alerta para a necessidade de uma mudança no modelo de sociedade e de produção agrícola, destacando que as catástrofes naturais são, em grande parte, resultado da ação humana e do sistema capitalista vigente.

Entre os impactos mais graves estão os relacionados à rizicultura, com uma área total de 2,8 mil hectares atingidos, onde a maior parte da produção de arroz foi perdida. Do arroz plantado neste ano, 755 hectares foram perdidos, somando-se ainda perdas na produção agroecológica e convencional. A pecuária leiteira também sofreu graves prejuízos, com perdas estimadas em quase R$ 3 milhões, incluindo animais, estruturas e produção não entregue.

A situação se agrava com a recorrência das enchentes na região, levando algumas famílias a recusarem o retorno para suas terras, temendo novos eventos climáticos extremos. As perdas na produção agrícola impactam não apenas as famílias diretamente afetadas, mas também programas governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que terão contratos prorrogados para o próximo ano devido às perdas.

*Com informações da Agência Brasil.

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