O preço da omissão | Por Alberto Peixoto

Retratos de 'famiglia', presidente Jair Bolsonaro com filhos e agregados.
Retratos de 'famiglia', presidente Jair Bolsonaro com filhos e agregados.
Retratos de 'famiglia', presidente Jair Bolsonaro com filhos e agregados.
Retratos de ‘famiglia’, presidente Jair Bolsonaro com filhos e agregados.

Nos últimos meses o Brasil enfrenta uma grande crise em todos os segmentos. Alguns culpam o “estafermo” que aí está como Presidente do País; outros culpam os governos anteriores, principalmente o governo Temer; enquanto outros não sabem a quem culpar, por isso culpam o PT. Porém, existem os que culpem os omissos.

Francamente, os maiores culpados não são os que votaram no “chefe da famíglia Bolsonaro”. Os maiores culpados, com certeza, são os omissos; os covardes que se esconderam por trás das desculpas de que não confiavam em nenhum dos candidatos; os que votaram em branco ou anularam seus votos talvez por ignorância política. E diziam: nenhum presta.

“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado” – Tiago 4:17.

O preço – ou pecado de omissão – está causando toda esta “baderna”, causando a separação entre as classes sociais e prejudicando acima de tudo, os mais necessitados e favorecendo os poderosos. Os idosos veem se extinguir qualquer perspectiva de um final de vida digno; os mais humildes seguindo em direção à linha da miséria; o trabalhador tendo seus direitos aviltados; os estudantes sem direito a escolas; a saúde pública na UTI do descaso. Para que saúde pública? Pague um plano de saúde privado, dizem os “coxinhas”.

A omissão provoca uma lacuna causada pela ausência de ação! Pela covardia! Pela inércia dos que tem medo de assumir uma posição e entrega até o seu futuro e de seus descendentes, nas mãos de qualquer um que se eleja Presidente. COVARDES! Graças a estes, todos os jovens que estão entrando no mercado de trabalho e alguns que lá já estão, podem dar adeus à aposentadoria.

“A fuga, ou a cegueira hipócrita e passageira, é o pior dos caminhos, certamente trará consequências futuras”. – Pe. Eduardo Costa. E já está trazendo.

Além da covardia dos omissos, pode também ser classificada como culpada, a hipocrisia dos falsos religiosos – tanto os protestantes, como católicos, sem generalizar – que passaram a apoiar a tortura, a violência à mão armada, o retorno da escravidão. A Casa Grande religiosa, principalmente a protestante, voltou a comandar indiscriminadamente o descaso e a impunidade no país.

Falando em escravidão, é de estarrecer a atitude dos que estão perdendo todos os seus direitos trabalhistas e continuam a apoiar este governo corrupto, que está usando o dinheiro do erário para comprar a reforma da Previdência que vai “ferrar” com todos, inclusive eles. Enquanto isso o Guedes já anunciou que a CPMF vai voltar.

Efetivamente, o eleitor omisso é um grande inconsequente! Não tem argumentos para justificar sua atitude irresponsável. Não pode reclamar de nada. Quem votou no Bolsonaro, pode até dizer que acreditou nele e foi enganado. E os que não tiveram a coragem de arriscar um nome, não venham agora com a desculpa de que todo político é corrupto; que as atitudes dos nossos governantes os enojam; que são todos farinhas do mesmo saco.

Os omissos são historicamente irresponsáveis, ou responsáveis pela bandalheira, a bandidagem que se instalou no País. E o combate à corrupção, esqueceram aonde?

*Alberto Peixoto, escritor.

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Sobre Alberto Peixoto 478 artigos
Antonio Alberto de Oliveira Peixoto, nasceu em Feira de Santana, em 3 de setembro de 1950, é Bacharel em Administração de Empresas pela UNIFACS, e funcionário público lotado na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, atua como articulista do Jornal Grande Bahia, escrevendo semanalmente, é escritor e tem entre as obras publicadas os livros de contos: 'Estórias que Deus Dúvida', 'O Enterro da Sogra, 'Único Espermatozóide', 'Dasdores a Difícil Vida Fácil', participou da coletânea 'Bahia de Todos em Contos', Vol. III, através da editora Òmnira. Também atua como incentivador da cultura nordestina, sendo conselheiro da Fundação Òmnira de Assistência Cultural e Comunitária, realizando atividades em favor de comunidades carentes de Salvador, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus. É Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER), ocupando a cadeira de número 26. E-mail para contato: reyapeixoto@yahoo.com.br.