Arquivos do celular do Mauro Cid detalham plano do Golpe de Estado no Brasil; Tenente-coronel atuou como ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, revela Revista Veja

Arquivos do celular de Mauro Cid detalham plano do Golpe de Estado.

Reportagem de Robson Bonin, publicada nesta sexta-feira (16/06/2023) na Revista Veja, revela documentos e traz relato de um plano elaborado com a finalidade de dar um Golpe de Estado no Brasil. A matéria demonstra evidências encontradas no celular do tenente-coronel da ativa do Exército Brasileiro Mauro Cesar Barbosa Cid que, à época dos fatos, atuava como ajudante de ordens do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a reportagem, o entorno do presidente arquitetou um plano para anular as Eleições 2022, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), colocando o país sob intervenção militar. O roteiro do Golpe de Estado foi encontrado no celular de Mauro Cid.

O Jornal Grande Bahia (JGB) apresenta a seguir uma síntese com os principais fatos descritos na reportagem da Revista Veja.

— Quais foram as evidências encontradas no celular de Mauro Cid que comprovam o plano de golpe?

As evidências encontradas no celular de Mauro Cid incluem mensagens trocadas com o coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, que revelam o apoio ao golpe. Essas mensagens foram enviadas do início de novembro até o fim de dezembro de 2022, pouco antes de Jair Bolsonaro deixar o país em direção aos Estados Unidos.

Em uma das mensagens, o coronel sugere que Jair Bolsonaro precisava “dar a ordem” para que as Forças Armadas agissem.

Além disso, o relatório da Polícia Federal menciona que foram analisadas mensagens de WhatsApp, áudios, backups de segurança e arquivos armazenados no celular de Mauro Cid, que não deixam dúvidas de que havia pessoas influentes envolvidas em atentar contra a democracia nos últimos dias do Governo Bolsonaro.

— Como o plano pretendia anular as eleições e afastar os ministros do STF?

O plano pretendia anular as eleições e afastar os ministros do STF com base na alegação de decisões inconstitucionais proferidas pelos ministros durante a campanha eleitoral. De acordo com os apoiadores de Bolsonaro, essas decisões teriam influenciado diretamente o resultado da eleição em favor de um determinado candidato.

O plano se baseava na tese controversa de que os militares poderiam ser convocados para arbitrar um conflito entre os poderes. A ideia era justificar a intervenção militar como uma resposta aos supostos abusos do Judiciário e dos conglomerados de mídia brasileira, que teriam influenciado o eleitor e o resultado da eleição.

No entanto, o documento encontrado no celular de Mauro Cid, intitulado “Forças Armadas como poder moderador”, detalha o passo a passo do golpe, mas não especifica exatamente como as eleições seriam anuladas ou como os ministros do STF seriam afastados.

— Quais foram as reações da sociedade e das autoridades diante dessa revelação?

As reações da sociedade e das autoridades diante dessa revelação foram diversas. A divulgação do plano de golpe gerou grande repercussão e debates acalorados. Alguns setores da sociedade manifestaram indignação e preocupação com a possibilidade de um golpe contra a democracia. Houve também manifestações de apoio ao presidente Bolsonaro e críticas aos ministros do STF.

No âmbito das autoridades, o caso foi investigado pela Polícia Federal, que produziu um relatório de 66 páginas com as evidências encontradas no celular de Mauro Cid.

O relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal para análise e possíveis medidas legais. A divulgação do plano também levou a debates no Congresso Nacional, com parlamentares se posicionando a favor ou contra o presidente.

É importante ressaltar que as reações podem variar e evoluir ao longo do tempo, conforme mais informações sejam reveladas e o caso seja investigado mais a fundo.

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Documentos publicados em reportagem pela Revista Veja revelam o roteiro de um Golpe de Estado contra a Democracia do Brasil, tendo como possíveis envolvidos membros do alto escalão do Governo Bolsonaro, inclusive, militares do Exército.
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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10954 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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