Presidente Lula critica taxa de juros do empréstimo consignado e planeja rever a cobrança

Presidente Lula declarou que pretende discutir o assunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Presidente Lula declarou que pretende discutir o assunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua indignação com a atual taxa de juros do empréstimo consignado, que está em 1,97%. Em seu programa semanal Conversa com o presidente, Lula comparou essa taxa com aquela cobrada dos grandes empresários e anunciou sua intenção de discutir o assunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a fim de rever os juros aplicados a essa modalidade de crédito.

Lula destacou sua preocupação com o fato de que os juros do crédito consignado, concedido a pessoas com emprego estável e descontado diretamente do salário, alcançam quase 30% ao mês quando somados aos juros compostos. Ele questionou como um trabalhador que recebe R$ 2 mil e solicita um empréstimo consignado de R$ 1 mil pode pagar 30% de juros ao mês, enquanto ele empresta dinheiro a grandes empresários a uma taxa de 10% ao mês. O presidente enfatizou que o crédito consignado é “triplamente caro” em comparação com outras modalidades de empréstimo.

Lula declarou que pretende discutir o assunto com o ministro da Fazenda e os presidentes dos bancos para entender como essa situação está prejudicando as pessoas de baixa renda. Ele ressaltou que, ao conceder a folha de pagamento como garantia, os trabalhadores estão pagando taxas de juros mais altas do que os empresários. O presidente também mencionou o empréstimo a 14% ao ano obtido pelo empresariado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), considerando-o muito caro, mas metade do que é cobrado pelo crédito consignado, que possui garantia de pagamento.

Plano Safra e agricultura familiar

Durante o programa, Lula anunciou um plano de financiamento no valor de R$ 364 bilhões para a agricultura e pecuária empresarial no Brasil. Esses recursos serão destinados a apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. O presidente aproveitou a ocasião para criticar a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%.

Lula ressaltou que os juros médios desse plano serão de 10% ao ano, o que considerou caro. Ele mencionou a atuação de um membro do Banco Central que definiu a taxa básica de juros em 13,75%. O presidente ressaltou que, no dia seguinte, lançaria um programa para a agricultura familiar, com aproximadamente R$ 75 bilhões em recursos e juros menores do que os oferecidos no plano anterior.

Desigualdade

Ao comentar sobre sua viagem à Europa, Lula reafirmou a importância de combater as mudanças climáticas e o desmatamento, acompanhado de ações contra a pobreza. Ele enfatizou a necessidade de lutar contra a desigualdade e convidou as pessoas a visitarem a região amazônica para conhecerem a realidade local. O presidente também destacou que o Brasil sediará a COP30, a cúpula sobre mudanças climáticas das Nações Unidas, em 2025, no estado do Pará, na Amazônia.

*Com informações da Agência Brasil.

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