A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que irá adotar medidas judiciais contra o hacker Walter Delgatti, após suas declarações durante o depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. Alega-se que Delgatti apresentou “informações e alegações falsas” e possivelmente cometeu calúnia, visto que as afirmações carecem de provas concretas.
No centro das alegações está a declaração de Delgatti de que Bolsonaro teria prometido um indulto em troca de assumir a autoria de um suposto grampo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Além disso, Delgatti afirmou que atendeu ao pedido de Bolsonaro para instruir os militares das Forças Armadas na elaboração de um relatório sobre as urnas eletrônicas, apresentado em 2022.
A defesa de Bolsonaro argumenta que o encontro no Palácio da Alvorada tratou-se de uma discussão sobre a “suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral”. Eles afirmam que, na presença de testemunhas, Bolsonaro solicitou ao Ministério da Defesa que investigasse as alegações seguindo os procedimentos legais. Acrescentam que o ex-presidente nunca mais manteve contato direto ou indireto com Delgatti após o evento.
Enquanto a defesa de Bolsonaro nega as alegações de Delgatti, este último reforça suas afirmações, alegando ter tido interações e trocas de mensagens com o ex-presidente. A controvérsia gera um clima de incerteza e tensão, já que os depoimentos contraditórios se tornam peças-chave na análise da CPMI. O caso também destaca o desafio em separar fatos comprovados de alegações sem substância em um cenário político polarizado.
Diante da complexidade das acusações e dos desdobramentos legais, a sociedade aguarda ansiosamente os próximos passos e desenvolvimentos desta investigação que pode ter consequências significativas para a reputação de ambas as partes envolvidas.
*Com informações da Agência Brasil.
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