Após o impactante depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI do 8 de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro não demorou a rebater as acusações feitas por Delgatti, chamando seu testemunho de “fantasia”. Em declarações à imprensa, Bolsonaro negou qualquer envolvimento mais profundo com o hacker e descredibilizou suas alegações. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também mencionado por Delgatti, juntou-se ao coro de negações, qualificando o depoimento como “conversa mole”.
Bolsonaro rejeitou as acusações do hacker e caracterizou seu depoimento como uma obra de ficção. Ele afirmou que Delgatti estava “inspirado” e fantasiando alguns eventos, negando categoricamente qualquer segunda conversa telefônica com o hacker sobre um suposto grampo no telefone do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente também destacou que se encontrou com Delgatti apenas uma vez, no café da manhã, e nunca teve conversas telefônicas com ele.
A reunião da manhã revelou alegações bombásticas por parte do hacker, incluindo a afirmação de que Bolsonaro lhe garantiu um indulto caso fosse preso por atividades relacionadas às urnas eletrônicas. Delgatti também implicou Duda Lima, marqueteiro do ex-presidente, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em discussões sobre a elaboração de um “código-fonte fake”. No entanto, Valdemar Costa Neto rejeitou as acusações, classificando-as como “conversa mole” e destacando que não havia motivo para um grampo contra Moraes.
Valdemar Costa Neto explicou que a aproximação de Delgatti com o PL estava relacionada à intenção de fiscalizar as urnas eletrônicas durante as eleições, negando qualquer interesse em invadir equipamentos ou manipular a votação. Enquanto Bolsonaro nega veementemente as alegações do hacker, a relatora da CPI, Eliziane Gama, afirmou que buscará a quebra de sigilo telemático dos participantes das reuniões entre Bolsonaro e Delgatti para obter mais informações sobre o caso. À medida que as acusações e negações se desenrolam, a investigação da CPMI continua a expor as complexas interações entre política e tecnologia no Brasil.
*Com informações da Sputnik News.
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