Defesa de Mauro Cid diz que dinheiro de Rolex foi para Jair Bolsonaro ou Michelle; Ex-presidente rebate

Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.
Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Nesta sexta-feira (18/08/2023), Cezar Bitencourt, advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, trouxe à tona uma controvérsia ao afirmar que o ex-presidente teria solicitado a Cid que resolvesse um problema relacionado a um Rolex. Bitencourt alegou que o dinheiro proveniente da venda do luxuoso relógio teria sido entregue a Bolsonaro ou à ex-primeira-dama, Michelle.

“Dinheiro foi para o Bolsonaro ou para a primeira-dama. Se foi em mãos, se foi na caixinha de correios, se foi na caixinha da mesa dele, da primeira-dama […] [Cid] entregou para eles. […] Em espécie. Quando deu o problema com esse relógio, ele [Bolsonaro] pegou e disse: ‘Cid, pega esse relógio e resolve esse problema'”, declarou Bitencourt.

Entretanto, o advogado refutou ter afirmado que a venda do relógio foi realizada a pedido de Bolsonaro, reiterando que Cid era apenas um “ajudante de ordens” e que cumpria ordens.

A defesa de Mauro Cid prosseguiu, destacando que “para um entendedor, meia palavra basta. E o Cid foi atrás, tentou vender. As condições não eram boas, embora tenha conseguido. Depois foi problema, foi atrás do Rolex, buscar esse Rolex.”

Por outro lado, Jair Bolsonaro também comentou sobre o assunto, afirmando que Cid tinha autonomia para tomar decisões e que deseja esclarecer rapidamente o caso das joias.

“Ele [Cid] tinha autonomia. Não mandei ninguém fazer nada. Eu quero clarear o mais rápido possível”, declarou o ex-presidente em entrevista ao jornal Estado de São Paulo.

Além disso, Bolsonaro comentou sobre a quebra de sigilo bancário e fiscal autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmando que “Sem problemas. Tudo incomoda, mas sem problemas.”

Especialistas em direito observam que as investigações da CPI do 8 de Janeiro, em que Bolsonaro está envolvido, podem levar a uma possível prisão preventiva do ex-presidente, especialmente após o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto. O ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmou que as acusações de Delgatti indicam risco à ordem pública e à instrução criminal, possibilitando uma prisão preventiva de Bolsonaro.

*Com informações da Sputnik News.

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