O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (06/09/2023) a criação de um novo Ministério das Micro e Pequenas Empresas, para acomodar os partidos do centrão, PP e Republicanos, que entraram para a base de apoio do governo.
Com a criação da nova pasta, o governo passa a contar com 38 ministérios, um aumento de dois em relação à composição original. O PP ficará com o Ministério dos Esportes e o Republicanos com o Ministério de Portos e Aeroportos.
A ministra do Esporte, Ana Moser, foi demitida, e o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), foi remanejado para a nova pasta.
As negociações entre o governo e o centrão duraram cerca de dois meses e foram marcadas por impasses. O PSB, partido que compõe a chapa principal do governo, chegou a reclamar publicamente de uma diminuição do número de ministérios.
No final das contas, o governo cedeu à pressão do centrão e criou a nova pasta para acomodar os novos aliados.
A decisão de Lula foi interpretada como uma tentativa de garantir a governabilidade e o apoio do Congresso Nacional. O centrão é considerado um bloco importante no Legislativo, com forte influência na Câmara dos Deputados.
Impactos da reforma ministerial
A reforma ministerial deve ter impactos significativos na política brasileira. Com a entrada dos dois partidos do centrão, o governo Lula ganha mais apoio no Congresso Nacional.
Isso deve facilitar a aprovação de projetos importantes, como o Orçamento de 2024 e reformas estruturais.
Por outro lado, a reforma ministerial também pode gerar desgastes ao governo. A criação de uma nova pasta para acomodar os novos aliados pode ser vista como uma concessão excessiva ao centrão.
Além disso, o remanejamento de Márcio França para a nova pasta pode gerar desconforto no PSB, que é o partido que compõe a chapa principal do governo.
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