
A equipe de Patrimônio Cultural da 48ª FPI/BA empreendeu uma jornada de mapeamento dos mestres carranqueiros, tradicionais escultores das expressivas carrancas, com o objetivo de pleitear o reconhecimento do ofício como ‘Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial’. A iniciativa, que conta com a participação de representantes do Iphan, MPBA e IPAC, percorreu os municípios de Juazeiro e Jaguarari.
O itinerário incluiu a Casa do Artesão em Juazeiro, onde o artista plástico Alex Moreira, mestre carranqueiro, compartilhou sua dissertação de mestrado sobre a história das carrancas. Outro destaque foi Flávio Motta, responsável pela maior carranca do mundo. Em Lajedo do Flamengo, município de Jaguarari, a equipe visitou o ateliê de Bitinho, o carranqueiro mais antigo da região, e dialogou com carranqueiras Eliene e Cida, que mantêm a tradição aprendida com o mestre José Pereira da Silva.
A busca pela preservação da arte das carrancas se estendeu ao distrito de Carnaíba do Sertão, em Juazeiro, onde o carranqueiro Djalma expressou sua frustração com a redução de artesãos na região. Diogo Vasconcellos, coordenador da equipe Patrimônio Cultural, ressaltou a importância do mapeamento para transformar a arte em Patrimônio Cultural e incentivar sua disseminação.
Os dados coletados alimentarão um relatório colaborativo entre MPBA, IPHAN e IPAC, culminando na recomendação para a análise de salvaguarda do ofício dos carranqueiros junto ao IPAC ou IPHAN.
As ações da 48ª FPI continuam nos municípios da região Norte, destacando a relevância do trabalho em resgatar a história da carranca e seus criadores, buscando preservar essa expressão cultural única.
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