A Justiça do Trabalho em Goiás determinou que o deputado federal Gustavo Gayer, do Partido Liberal (PL) de Goiás, pague R$ 80 mil por danos morais devido a acusações de assédio eleitoral. O Ministério Público do Trabalho (MPT) alega que o parlamentar realizou reuniões em empresas durante o segundo turno das eleições de 2022 para promover propaganda eleitoral irregular em favor de Jair Bolsonaro.
Segundo as investigações, Gayer teria ido a uma padaria, a pedido do proprietário, onde conduziu uma reunião com funcionários para discutir as “propostas dos candidatos à Presidência da República”. O MPT afirma que o deputado coagiu moralmente os trabalhadores a votarem em um candidato específico, usando a manutenção e criação de empregos como forma de pressão.
O juiz Celismar Coelho de Figueiredo, da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia, proferiu a sentença no último domingo (25), baseando-se em provas documentais apresentadas pelo MPT. O magistrado classificou a prática como “assédio moral eleitoral” e destacou a coação contra trabalhadores de diversas empresas.
Em resposta à decisão, Gustavo Gayer publicou um vídeo nas redes sociais chamando a condenação de “esdrúxula” e anunciou a intenção de recorrer. O deputado nega ter coagido ou pedido votos durante as reuniões e afirma que apenas explicou o “plano de governo dos candidatos”.
*Com informações da Agência Brasil.
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