O coronel Mauro Cid, figura central em investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, submeteu-se a um extenso interrogatório na Polícia Federal, que se estendeu por nove horas, iniciando na segunda-feira (11/03/2024) e prosseguindo até a madrugada de terça-feira (12). O advogado do militar, Cezar Bittencourt, comunicou à TV Brasil que o depoimento foi considerado proveitoso tanto para o cliente quanto para as investigações em andamento, embora tenha optado por não divulgar detalhes específicos do conteúdo discutido.
Entre os temas abordados, destacam-se as investigações acerca da suposta fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e de sua família, bem como a questão das joias provenientes da Arábia Saudita. Revelações oriundas de mensagens recuperadas do celular de Mauro Cid sugerem uma aparente contradição: enquanto relatórios e reuniões reiteravam a segurança das urnas eletrônicas, paralelamente tramava-se a elaboração de planos para um golpe. O coronel é apontado como peça-chave na articulação da emissão de cartões de vacinação falsos e na suposta tentativa de apropriação indevida das joias, cujo valor, por lei, deveria integrar o patrimônio da União.
Este é o sétimo depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal, dos quais três foram marcados por seu silêncio. Após firmar acordo de delação premiada, o coronel assumiu uma postura cooperativa, respondendo a todas as questões nos últimos quatro interrogatórios.
*Com informações da Agência Brasil.
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