Na tarde desta terça-feira (05/03/2024), o deputado estadual Robinson Almeida (PT) desvelou suas críticas à prestação de serviços da Coelba, empresa pertencente ao grupo espanhol Neoenergia, durante uma audiência realizada nas Comissões de Infraestrutura e Agricultura da Assembleia Legislativa. O parlamentar expressou seu descontentamento com o atual estado dos serviços fornecidos pela companhia à Bahia, afirmando que a concessão da empresa, programada para expirar em 2027, não deveria ser renovada automaticamente neste ano.
O contrato de privatização da Coelba, estabelecido em 1997 pelo governo de Paulo Souto, carrega consigo uma cláusula que possibilita sua renovação por mais 30 anos, desde que não haja questionamentos à União nos três anos anteriores ao término do contrato. Robinson Almeida, como coordenador de uma subcomissão designada pela Assembleia Legislativa para monitorar a execução do contrato de concessão da Coelba, expressou suas preocupações sobre os investimentos represados pela empresa na Bahia. Ele alegou que a falta de ampliação dos investimentos e a ineficiência na melhoria da infraestrutura elétrica comprometem o desenvolvimento do estado.
O deputado citou exemplos concretos, como a falta de conexão à rede elétrica em aproximadamente 27 mil obras no estado e o atraso na entrega de escolas de tempo integral devido à falta de ligação da rede elétrica. Ele enfatizou que a Coelba, ao não cumprir com suas obrigações contratuais, prejudica o desenvolvimento do estado e gera insatisfação entre os consumidores.
“São 27 mil obras sem atendimento da Coelba na Bahia; se cada obra dessa gerar 10 empregos, teríamos 270 mil empregos no estado”, ilustrou o parlamentar.
Almeida destacou que as queixas contra o grupo Neoenergia são generalizadas, envolvendo diversos setores, desde a classe política até o agronegócio e o setor industrial, além dos consumidores residenciais e o próprio governo do estado, principal cliente da companhia. O deputado reiterou seu objetivo de pressionar a Coelba a melhorar a qualidade de seus serviços e evitar a renovação automática de sua concessão.
“Nós queremos que a Coelba cumpra com suas obrigações contratuais, que atenda as demandas do povo baiano. Nosso objetivo é fazer com que a Coelba melhore a prestação dos seus serviços ao povo baiano e que não seja uma pedra no sapato da Bahia, como é hoje, atrapalhando o desenvolvimento do nosso estado e gerando mal estar aos baianos com seu péssimo serviço”, declarou Robinson Almeida.
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