Entenda como a nova onda de fake news influencia a guerra digital

A disseminação de desinformação molda um panorama alarmante na era digital, desafiando a integridade da informação e influenciando a opinião pública em diversas áreas.
A disseminação de desinformação molda um panorama alarmante na era digital, desafiando a integridade da informação e influenciando a opinião pública em diversas áreas.

No complexo cenário digital do Brasil contemporâneo, uma onda crescente de desinformação, alimentada por fake news, está permeando diversas esferas da sociedade. Desde saúde até educação, passando por questões culturais e políticas, as teorias conspiratórias encontram solo fértil nas redes sociais, disseminando informações falsas e distorcendo realidades. Este fenômeno, que vem ganhando força especialmente neste primeiro trimestre de 2024, representa não apenas uma batalha por narrativas, mas uma verdadeira guerra digital.

Como observado pela jornalista e pesquisadora Magali Cunha, do Instituto de Estudos da Religião (Iser), do Rio de Janeiro, períodos eleitorais como os anos de 2018, 2020 e 2022 testemunharam uma intensificação na propagação de fake news, com estratégias deliberadas de desinformação. No entanto, desde o último trimestre de 2023, a intensidade e frequência das notícias falsas têm aumentado significativamente, configurando um embate digital em constante evolução.

A manipulação da opinião pública não se limita apenas à disseminação de desinformação, mas também envolve um ataque sistêmico à mídia tradicional. Segundo Solano de Camargo, presidente da Comissão de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo (OAB SP), há uma estratégia coordenada para minar a credibilidade dos veículos de comunicação estabelecidos e identificar pontos sensíveis na sociedade para polarizá-la ainda mais.

Grupos conservadores e de extrema direita emergem como protagonistas nessa guerra informacional, utilizando as redes sociais como campo de batalha. Especialistas como Magali Cunha e Eliara Santana destacam a crescente disseminação de fake news relacionadas à saúde, que não apenas desinformam, mas também manipulam a percepção pública e instigam o pânico verbal.

A disseminação dessas narrativas distorcidas segue um circuito complexo, onde memes e informações falsas ganham legitimidade através de veículos de mídia alinhados ideologicamente, passando por parlamentares e chegando à grande mídia. Essa retroalimentação do ecossistema de desinformação cria bolhas informacionais e contribui para a polarização da sociedade.

A manipulação da opinião pública por meio da desinformação representa um desafio cada vez mais sofisticado, com o uso de técnicas como deep fake e aperfeiçoamento de algoritmos para amplificar o impacto das fake news. Nesse contexto, plataformas de verificação de fatos como a Agência Lupa desempenham um papel crucial na identificação e desmantelamento dessas narrativas enganosas.

*Com informações da Agência Brasil.

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