No ano de 2022, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo registrado em cartórios de registro civil apresentou um aumento de 19,8% em relação ao ano anterior, totalizando 11 mil registros. Essa marca representou o maior índice desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que os cartórios não poderiam recusar a celebração desse tipo de união.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27/03/2024), no Rio de Janeiro. Segundo as Estatísticas do Registro Civil, a maioria dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo foi entre cônjuges femininos, correspondendo a 60,2% do total.
Apesar desse crescimento, os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo ainda representaram apenas 1,1% do total de 970 mil casamentos registrados no país em 2022, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.
É importante notar que, embora tenha havido crescimento em 2021 e 2022, o número total de casamentos no país ainda não recuperou a média dos cinco anos anteriores à pandemia, como ressaltou a pesquisadora do IBGE, Klívia Brayner. A média anual de casamentos antes da pandemia era de mais de 1 milhão, enquanto em 2022 não foi possível atingir esse patamar.
Além disso, o IBGE observou um aumento na idade dos cônjuges, com mais mulheres se casando por volta dos 29 anos e homens por volta dos 31 anos. Também se destaca o aumento significativo de casamentos em que um dos cônjuges é divorciado ou viúvo, representando 30% do total de casamentos civis realizados.
Em relação aos divórcios, em 2022 foram contabilizados 420 mil divórcios concedidos em primeira instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, um aumento de 8,6% em relação a 2021. A guarda compartilhada tem sido uma opção cada vez mais frequente, respondendo por 37,8% dos casos em 2022, em comparação com os 7,5% em 2014.
*Com informações da Agência Brasil.
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