Representantes de 175 países, especialistas e organizações se reúnem em Ottawa para a quarta rodada de negociações das Nações Unidas sobre um tratado global contra a poluição por plásticos. Com o Brasil como o quarto maior consumidor mundial de plásticos, a busca por avanços nessas discussões é crucial para lidar com uma crise ambiental crescente.
Os plásticos, onipresentes na vida moderna, tornaram-se uma ameaça para os ecossistemas e representam um obstáculo para a redução do uso de fontes fósseis no mundo. O processo de negociação tem sido marcado por oposições entre países produtores de petróleo e aqueles que desejam limitar a produção e consumo de plásticos. Um acordo final vinculante é esperado para a reunião em novembro, na Coreia do Sul.
Segundo Michel Santos, gerente de políticas públicas da WWF-Brasil, o país adota uma postura propositiva e proativa nas negociações. Santos destaca a necessidade de urgência na questão da poluição plástica e insta os países a chegarem a consensos com mais velocidade.
O Brasil, além de ser produtor de petróleo, é o quarto maior consumidor de plásticos do mundo. No entanto, apenas uma pequena fração é reciclada, resultando em toneladas de plástico indo parar nos oceanos a cada ano. Projetos de lei em tramitação no Congresso buscam enfrentar esses desafios, mas a questão da redução da produção permanece delicada devido ao peso da indústria petroquímica na economia.
O secretário nacional do Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, representa o Ministério do Meio Ambiente nas negociações e destaca a importância de definições claras sobre quais tipos de plásticos devem ser limitados. Maluf ressalta também a necessidade de abordar questões interseccionais, como financiamento e capacitação, especialmente para países em desenvolvimento.
*Com informações da RFI.
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