A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou nesta terça-feira (21/05/2024) dados que revelam uma redução no desmatamento da Mata Atlântica em suas áreas contínuas, enquanto houve um aumento registrado em fragmentos isolados e zonas de transição com outros biomas. De acordo com o diretor executivo da organização, Luís Fernando Guedes Pinto, a aplicação da Lei da Mata Atlântica tem sido mais efetiva em áreas contínuas, enquanto as regiões de transição e encraves enfrentam desafios na implementação da legislação. A redução do desmatamento em áreas contínuas é interpretada como um sinal positivo das políticas de conservação e do monitoramento intensivo, mas ressalta-se que os desafios persistem em regiões como a Caatinga e o Cerrado, onde as áreas de transição são particularmente vulneráveis.
A diminuição do desmatamento em grandes trechos da Mata Atlântica, como os estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, destaca-se como um avanço significativo, indicando uma possível eficácia das medidas de conservação. No entanto, o aumento das derrubadas em encraves no Cerrado e na Caatinga, especialmente na Bahia, Piauí e Mato Grosso do Sul, identificado pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), revela desafios contínuos na preservação dessas áreas. O engenheiro agrônomo alerta que a degradação da Mata Atlântica não apenas compromete a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, mas também aumenta os riscos de desastres naturais e epidemias, além de impactar a segurança alimentar e a estabilidade climática. A restauração florestal emerge como uma estratégia crucial não apenas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas também para fortalecer a resiliência das comunidades diante das mudanças climáticas e dos eventos extremos.
*Com informações da Agência Brasil.
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