Às vésperas das eleições para prefeito e vereadores, Conceição Borges, presidente do Movimento de Organização Comunitária (MOC), lançou uma proposta de política pública voltada para o campo. Em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta quinta-feira (23/05/2024), a sindicalista sugeriu a inclusão de disciplinas relacionadas à agricultura na grade curricular da Rede de Ensino. Segundo ela, a falta de incentivo à agricultura nas escolas é preocupante, destacando que a produção de alimentos não pode depender exclusivamente da tecnologia digital.
Conceição Borges defendeu a Agricultura Familiar como essencial para o abastecimento da população. Ela ressaltou que questões como a revitalização do solo e a preservação do bioma são pautas permanentes que exigem investimentos públicos. “O solo está morrendo”, alertou, enfatizando que a degradação do solo impacta diretamente a produção e a qualidade dos produtos agrícolas. Além disso, a líder comunitária chamou atenção para o uso abusivo de agrotóxicos, especialmente por grandes produtores, apontando que esses “venenos” acabam contaminando os alimentos.
A presidente do MOC solicitou maior atenção do poder público para os problemas enfrentados pelos produtores rurais. Segundo ela, produzir alimentos vai além de uma atividade profissional, sendo uma verdadeira missão. Borges também destacou a situação preocupante dos rios, riachos e lagoas na zona rural, que sofrem com a degradação ambiental e a consequente perda de peixes. Ela classificou a situação como “angustiante” e pediu ações imediatas para reverter o quadro.
Durante seu pronunciamento, Conceição Borges anunciou que, no momento, ocorre uma marcha em Brasília em defesa de investimentos para as comunidades rurais. Ela enfatizou a necessidade de políticas públicas que apoiem os produtores e garantam a sustentabilidade ambiental. A proposta de incluir disciplinas agrícolas no currículo escolar visa educar as futuras gerações sobre a importância da agricultura e da preservação do meio ambiente, promovendo um desenvolvimento rural sustentável.
A sugestão de Conceição Borges reflete uma visão de longo prazo para a educação e a sustentabilidade, propondo uma formação que vá além das salas de aula e integre conhecimentos práticos e essenciais para a vida no campo. A implementação de disciplinas agrícolas poderia não só valorizar a Agricultura Familiar, mas também fomentar uma consciência ambiental entre os estudantes, preparando-os para os desafios futuros na produção de alimentos e na preservação dos recursos naturais.
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