Governador Jaques Wagner responde sobre novos secretários e a presença de Otto Alencar e César Borges na chapa majoritária

Jaques Wagner.
Jaques Wagner.

O que falta para o governador fechar a substituição dos secretários que saem candidatos?

Jaques Wagner – Nada. Não é uma reforma administrativa. Não é uma remontagem. Algumas pessoas estão sendo substituídas por indicações dos próprios partidos que compõe a base do governo ou modificações feitas por mim. Iremos publicar a exoneração das pessoas que saem no Diário Oficial. Portanto, não é uma rearticulação do governo. Simplesmente estamos cumprindo a determinação legal para aqueles secretários que saem para uma candidatura. Chamarei no meu gabinete os empossados e terei a primeira conversa com aqueles que serão os novos secretários. Vem a semana santa e logo depois o trabalho continua. Não existe uma descontinuidade, apesar das características pessoais de cada um, mas ninguém vai elaborar novos projetos ou novo planejamento. Esse planejamento foi feito no primeiro ano. Como diz o presidente Lula: sai o titular, entra o reserva, porque, é um processo de continuidade. Eu até achei estranho, porque, existe uma expectativa como se estivéssemos fazendo algo novo. A montagem do governo, a nova, em caso de sucesso do processo eleitoral, será feita em outubro e novembro. Mas, insisto. É um processo de continuidade. Há um frisson desnecessário.

O governador aceitaria outro nome do PP que não fosse o conselheiro Otto Alencar?

JW – Tive essa discussão com o conselheiro Otto Alencar, o PP, e com os deputados Mário Negromonte e João Leão, e vou repetir, meu compromisso é duplo. É com Otto Alencar e com o PP. Ambos precisam contribuir para que este compromisso seja mantido. Otto Alencar não será candidato se entender que não quer ser, por algum motivo de foro íntimo. Se for depender do governador ele será candidato e será candidato pelo PP. Esse é o acordo que fiz com ambos. Tivemos algumas rusgas, de conversas que deveriam ter sido tratadas internamente, mas, que foram feitas publicamente. Mas, na minha opinião chegou a hora de superar isso, porque, temos um projeto muito maior. A negociação com o senador César Borges vai muito bem e, portanto, na hora que está ficando tudo pronto, eu não vejo porque, por um motivo muito menor, criarmos celeuma.

Qual é a opinião do governador sobre o artigo publicado no jornal A TARDE do senador César Borges, que afirma que hoje há “Uma Nova Política na Bahia”?

JW – Parabenizei o senador pelo artigo e já pedi a ele que me representasse na reunião que deve ocorrer entre o ministro da agricultura, o ministro da fazenda e o presidente da CEPLAC, preparando a medida provisório 472, pedindo respeito ainda a renegociação da dívida do cacau. O presidente Lula esteve sexta-feira (26 de março) em Itabuna e Ilhéus, conversou comigo, conversou com os cacauicultores e como eu não poderia ficar em Brasília porque eu precisava participar do aniversário de Salvador, eu pedi para o senador César Borges me representar nesse dialogo.

O casamento está selado?

JW – Não é um casamento. Não gosto desta terminologia, porque, casamento para mim é outra coisa. É uma parceria política bem vinda, que está iniciando e que espero que se consolide e se fortaleça. Obvio que estou satisfeito. Estive com o senador César Borges no domingo (28) para a inauguração de mais uma obra do PAC, a ponte que liga Carinhanha e o município de Malhadas, R$ 60 milhões de investimentos, a BR 030, um sonho de Juscelino Kubitschek.

E a chapa majoritária governador?

JW – Primeiro, não estou espremido pelo tempo. Eu tenho até junho para fazer isso. A única premissa que nós temos é o afastamento do conselheiro Otto para ficar livre e assumir o compromisso da candidatura.

O conselheiro Otto conversou com o governador sobre a substituição da vaga que deixa no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM)?

JW – Desde o primeiro momento, o conselheiro Otto Alencar disse que tinha um compromisso. É natural na política que todo mundo puxe, estique, pleiteia, todo mundo quer sair na foto. Mas, estou calejado, desde o movimento sindical, depois fui articulador político no momento mais difícil do governo Lula e agora estou governador. Mas tudo indica que estamos no caminho da consolidação da vinda do senador César Borges. Pareciam difíceis outras coisas e a gente vem superando. E nós estamos conquistando tudo isso com muita franqueza, porque, não assumo um compromisso que eu não posso cumprir e o meu jogo é o jogo da verdade. É olho no olho. Tudo que está colocado foi combinado com todo mundo. Houve uma mudança a partir de um pedido meu. Eu pedi para que a vaga do PP fosse deslocada do senado para a vice. Eu pedi. A responsabilidade é do governador. Porque, evidentemente, com a possibilidade da vinda do senador César Borges, eu quero fazer um equilibro na chapa do senado, entre novos amigos e velhos amigos de caminhada. Creio que assim dou uma satisfação ou resposta a todos que contribuíram para que chegássemos onde nós estamos. Velhos amigos contribuíram e novos fortaleceram a caminhada. Quando veio a possibilidade do senador César Borges, eu me dirigir a Otto e disse: Olha, eu queria que você concordasse em vir e ele aceitou, já que havia superado um problema de saúde. E isso tudo, portanto, é superável para a tristeza dos nossos adversários que estão assistindo isso tudo da arquibancada, doidos para comerem uma sardinha frita, mas, não será na minha fogueira.

É verdade que o acordo com o senador César Borges passa por uma vaga no ministério?

JW – Não negocio o que não é meu. Quem lhe disser estar mentindo. Não negociei secretaria, muito menos ministério. Uma coisa é lutar como lutei para termos ministros baianos, como lutei para que o ex-governador Waldir Pires fosse ministro da CGU, como lutei para que o deputado Geddel fosse Ministro da Integração Nacional e vou continuar lutando. A Bahia é a quarta população do país. É o sexto PIB. Ninguém faz favor a Bahia de ter na primeira linha, no primeiro escalão, ministros baianos. Eu vou brigar por um, dois, três, quando a ministra Dilma for eleita presidente, mas, não cabe oferecer o que não é meu.

Os deputados Mário Negromonte e o João Leão disseram que estava nas mãos do governador a definição da Chapa?

JW – Uma parábola chinesa diz o seguinte: um sábio chegava numa cidade e a população lançou uma desafio para quem fizesse uma pergunta que o sábio não soubesse responder. Um jovem arriscou. Pegou um passarinho na mão e escondeu atrás do corpo. Perguntou: o passarinho está vivo ou morto? Se o sábio respondesse que o passarinho estava vivo, o jovem apertaria as mãos e mataria o passarinho. Se o sábio respondesse que o passarinho estava morto, abriria as mãos e mostraria o passarinho vivo. Diante do problema, o sábio respondeu que o futuro do passarinho estava nas mãos do jovem.

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