Operação Talha: MPF, PF e RF investigam esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no INTO; Mandados são cumpridos no o Rio de Janeiro e em Brasília

MPF, PF e RF deflagram Operação Talha. Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão; foram deferidos pedidos de bloqueio de até R$ 1.772.800,42.
MPF, PF e RF deflagram Operação Talha. Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão; foram deferidos pedidos de bloqueio de até R$ 1.772.800,42.

O Ministério Público Federal (MPF) realiza nesta quarta-feira (09/12/2020), com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB), a Operação Talha, desdobramento das operações Fatura Exposta e Ressonância, com o objetivo de investigar esquema de corrupção no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (INTO), entre os anos de 2016 e 2018, bem como atos de lavagem de dinheiro que persistem até a atualidade.

Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais no Rio de Janeiro (RJ) e em Brasília (DF).

De acordo com provas arrecadadas pela Polícia Federal e pelo MPF, ao final de 2016, um dos investigados, valendo-se de sua condição de deputado federal, passou a deter o comando do hospital público e, em razão de seu cargo, solicitou e recebeu vantagens indevidas de empresários que tinham interesse em obter facilidades e proteção nos contratos com o INTO.

As investigações se iniciaram perante o Supremo Tribunal Federal, mas com o término do mandato do ex-parlamentar, o processo foi remetido à 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

Prosseguindo nas apurações em primeira instância, foram encontradas provas a respeito de atos de lavagem de dinheiro praticados até recentemente. Como demonstrado nos autos nº 5072804-08.2020.4.02.5101, a análise dos dados bancários e fiscais dos investigados apontou para o recebimento de transferências bancárias suspeitas, de depósitos em espécie com características de fracionamento e pagamentos de boletos de despesas pessoais do agente público por meio de terceiros.

Bloqueio de bens e valores – Atendendo a pedido da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro no processo nº 5072996-38.2020.4.02.5101, o juízo da 7ª Vara Federal determinou o bloqueio de valores de até R$ 1.772.800,42. Na decisão judicial, foram considerados os seguintes montantes: R$ 150.000,00, valores em tese recebidos a título de propina pela influência no INTO; R$ 360.800,00, depósitos realizados por ex-assessor na conta bancária do ex-parlamentar, entre o período de dezembro de 2016 a dezembro de 2018, sem motivação aparente; R$ 134.268,00, depósitos realizados pela irmã na conta bancária do ex-parlamentar, entre o período de dezembro de 2016 a julho de 2018, sem motivação aparente; R$ 241.332,21, total das despesas pessoais do ex-parlamentar pagas por ex-assessor, entre o período de março de 2017 a junho de 2020 e que podem configurar dissimulação de capital.

O juiz ainda determinou o bloqueio de quantia equivalente aos valores dos ilícitos a título de reparação de danos morais, tendo em vista o prejuízo para toda a coletividade.

*Com informações do Ministério Público Federal (MPF).

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10988 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.