Governo dos EUA busca terceira guerra mundial ao disputar com a Rússia hegemonia sobre a Ucrânia; Presidente Joe Biden diz que cidadãos estadunidenses devem deixar país

Afetado pela senilidade, Joe Biden conduz EUA, Europa, Rússia e China para guerra mundial. Presidente fala em 'guerra mundial' e diz que cidadãos americanos na Ucrânia devem deixar o país agora.
Afetado pela senilidade, Joe Biden conduz EUA, Europa, Rússia e China para guerra mundial. Presidente fala em 'guerra mundial' e diz que cidadãos americanos na Ucrânia devem deixar o país agora.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta quinta-feira (10/02/2022), para que os cidadãos norte-americanos na Ucrânia deixem o país o quanto antes, alertando para um possível “grande conflito com a Rússia”.

“Os cidadãos americanos devem sair, devem sair agora. Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo. Esta é uma situação muito diferente e as coisas podem enlouquecer rapidamente”, disse Biden em entrevista à rede de televisão NBC News.

O presidente descartou a hipótese de enviar tropas para resgatar americanos que tentem fugir do país após o início de uma eventual guerra.

“Já será é uma guerra mundial quando os EUA e a Rússia começarem a atirar um no outro. Estamos em um mundo muito diferente do que já estivemos”, afirmou.

Ele aproveitou a entrevista para enviar uma mensagem ao presidente russo, Vladimir Putin. Segundo Biden, se Putin “for tolo o suficiente para entrar, ele é inteligente o suficiente para, de fato, não fazer nada que possa impactar negativamente os cidadãos americanos”.

As tensões entre Washington e Moscou estão em ponto mais alto desde a Guerra Fria.

Os EUA e seus aliados do Ocidente interpretam a movimentação de tropas russas perto da fronteira ucraniana como preparativos para uma eventual invasão.

A Rússia já rejeitou reiteradamente as suspeitas, defendendo o direito de mover forças dentro de seu próprio território.

Moscou acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de buscar pretextos para enviar mais equipamentos militares às proximidades das fronteiras russas.

Panorama internacional

As tensões na Ucrânia começaram em 2014, após um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.

Na sequência, as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste do país, proclamaram independência da Ucrânia com apoio da população em referendos. Respectivamente, 89,7% e 96% dos eleitores votaram a favor da causa.

Porém, na sequência, Kiev lançou uma operação militar para frear as forças independentistas.

A guerra em Donbass já levou à morte cerca de 13.000 pessoas e deixou dezenas de milhares de feridos e mais de 2,5 milhões de deslocados dentro ou fora da Ucrânia.

Ucrânia não é membro da Ottan

Se a Ucrânia fosse um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), todos os aliados seriam coletivamente obrigados a defendê-la em caso de ataque russo: isso é o que prevê o Artigo 5º do Tratado da Otan. A situação estratégica seria, portanto, completamente diferente do que é agora, onde cabe à aliança e cada Estado-membro decidir se prestarão apoio ao Governo da Ucrânia e, caso afirmativo, de que modo.

Desde a independência da Ucrânia, em 1991, após o colapso da União Soviética, a liderança em Ucrânia tem tentado aproximar o país da aliança ocidental.

Na época, a Ucrânia era particularmente forte militarmente: junto com Rússia, Belarus e Cazaquistão, era uma das quatro ex-repúblicas soviéticas com armas nucleares. Contudo, abandonou-as voluntariamente, enquanto a Rússia permaneceu uma potência nuclear.

No Memorando de Budapeste, de 1994, a Rússia, Estados Unidos e Reino Unido se comprometeram a respeitar a soberania da Ucrânia. No entanto, o mais tardar com a anexação russa da península ucraniana da Crimeia, tornou-se claro que as garantias de segurança não valiam nada. Muitos políticos e militares ucranianos lamentaram amargamente ter desistido das armas nucleares.

A Otan

Também conhecida como Aliança Atlântica, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi fundada em 1949 com o objetivo, em primeiro lugar, de atuar como um obstáculo à ameaça de expansão soviética na Europa após a Segunda Guerra Mundial.

Além disso, os Estados Unidos a viram como uma ferramenta para impedir o ressurgimento de tendências nacionalistas na Europa e promover a integração política no continente.

Suas origens, no entanto, remontam a 1947, quando o Reino Unido e a França assinaram o Tratado de Dunquerque, formando uma aliança para combater a eventualidade de um ataque da Alemanha após a guerra.

Os 12 membros fundadores originais da aliança política e militar são: Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal.

Em essência, a organização atua como uma aliança de segurança coletiva com o objetivo de proporcionar defesa mútua por meios militares e políticos, se um de seus membros for ameaçado por um Estado externo.

Rússia e Belarus iniciam exercícios militares

Forças militares da Rússia e de Belarus deram início nesta quinta-feira (10/02) a uma série de exercícios militares realizados no território belarusso, em meio a tensões entre Moscou e o Ocidente envolvendo temores de uma invasão da Ucrânia.

Exercícios militares entre Rússia e Belarus não são incomuns, mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descreveu o destacamento como o maior da Rússia em Belarus desde o fim da Guerra Fria, há mais de 30 anos.

Também segundo o pesquisador Artem Schreibman, do Centro Carnegie de Moscou – organização fundada em 1994 e que analisa as relações pós-Guerra Fria entre a Rússia e antigos membros da União Soviética, como é o caso de Belarus -, “nunca houve um número tão grande de militares russos em solo bielorrusso em todo o período pós-soviético”.

Não se sabe ao certo quantos soldados foram destacados para os exercícios em Belarus, mas a Otan estima que sejam cerca de 30 mil militares – os quais se somam aos estimados 100 mil estacionados na fronteira da Rússia com a Ucrânia.

Aliados dos EUA pressionam; Chanceler do Reino Unido vai à Moscou apresentar as ‘sanções mais duras’ já vistas contra a Rússia

Representante das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss se reunirá com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta quinta-feira (10/02/2022).
Embora não tenha aprovado junto ao Parlamento britânico o conjunto de sanções, a chanceler afirmou que “este será o regime de sanções mais duro do Reino Unido contra a Rússia, o que significa que podemos agir em conjunto com os EUA e outros parceiros”.

Consulado Geral da Rússia em Nova Iorque é reduzido para 5 funcionários; ‘Política de Washington’, diz cônsul

O Consulado Geral da Rússia em Nova York possui apenas cinco funcionários, “pela primeira vez na história, devido à política de Washington”, disse o cônsul-geral russo na cidade norte-americana, Sergei Ovsyannikov.

“No final de janeiro de 2021, cinco famílias partiram. Um total de quatro pessoas [sem contar o cônsul] permanecem”, afirmou Ovsyannikov à Sputnik. “Pela primeira vez, não temos seguranças no Consulado Geral. Isso é gritante”, acrescentou.

*Com informações da Sputnik Brasil e do DW.

Infográfico apresenta dados zonas de conflito na Ucrânia, em locais onde população com identidade russa busca autonomia.
Infográfico apresenta dados zonas de conflito na Ucrânia, em locais onde população com identidade russa busca autonomia.
Infográfico apresenta dados sobre expansão da Otan para a fronteira da Rússia.
Infográfico apresenta dados sobre expansão da Otan para a fronteira da Rússia.
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