Os alarmantes índices de violência no Brasil têm ganhado destaque e recentemente foram revelados dados preocupantes sobre a situação em municípios da Bahia e Pernambuco. Segundo a edição 2023 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, quatro dos cinco municípios mais violentos do país são da Bahia, enquanto o outro pertence a Pernambuco. Todos esses locais apresentam taxas de mortalidade aproximadamente três vezes maiores do que a média nacional, que é de 23,4 mortes a cada 100 mil habitantes.
O cenário é alarmante para as cidades baianas, que se destacam negativamente no ranking. Confira as médias de homicídios por 100 mil habitantes em alguns desses municípios:
- Jequié-BA: 88,8 homicídios por 100 mil habitantes
- Santo Antônio de Jesus-BA: 88,3 homicídios por 100 mil habitantes
- Simões Filho-BA: 87,4 homicídios por 100 mil habitantes
- Camaçari-BA: 82,1 homicídios por 100 mil habitantes
Além disso, o estado da Bahia é o mais afetado pelo problema, ocupando onze das vinte cidades com as maiores taxas de homicídio no país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Por outro lado, a região nordeste também é impactada pela violência, com Pernambuco apresentando o município de Cabo de Santo Agostinho como um dos cinco mais violentos do Brasil, com média de 81,2 homicídios por 100 mil habitantes.
Estados mais violentos do Brasil
Na escala subnacional, o estado mais violento do país, em 2022 foi o Amapá, com taxa de
MVI de 50,6 por 100 mil habitantes, mais do que o dobro da média nacional.
O segundo estado mais letal foi a Bahia, com taxa de 47,1 por 100 mil e, na terceira posição, temos o Amazonas, com taxa de 38,8 por 100 mil.
No outro extremo, as unidades da federação com as menores taxas de violência letal foram São Paulo, com 8,4 mortes por 100 mil habitantes, Santa Catarina, com 9,1 por 100 mil e o Distrito Federal, com taxa de 11,3. Ao todo, 20 estados registraram taxas de MVI acima da média nacional
O que revelam os dados nacionais sobre violência
Em relação aos dados mais recentes, 2022 trouxe um recuo histórico no número de mortes violentas no Brasil, com 47.508 vítimas registradas. A maioria dessas mortes foi causada por armas de fogo, reforçando a necessidade de políticas mais rigorosas de controle e combate ao tráfico ilegal de armas no país.
A situação preocupa as autoridades e a população, exigindo ações efetivas para lidar com essa crescente onda de violência. Investimentos em segurança pública, programas sociais, educação e oportunidades para os jovens podem ser caminhos importantes para enfrentar esse desafio.
Onze dos 20 municípios mais violentas do Brasil estão no estado da Bahia. Macapá lidera entre as capitais. O levantamento é do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (Edição 2023), com dados referentes a 2022.
Relação dos 20 municípios mais violentos do Brasil com população acima de 100 mil habitantes
- Jequié (BA) – 88,8 homicídios por 100 mil habitantes
- Santo Antônio de Jesus (BA) – 88,3 homicídios por 100 mil habitantes
- Simões Filho (BA) 87,4 homicídios por 100 mil habitantes
- Camaçari (BA) 82,1 homicídios por 100 mil habitantes
- Cabo de Santo Agostinho (PE) 81,2 homicídios por 100 mil habitantes
- Sorriso (MT) 70,5 homicídios por 100 mil habitantes
- Altamira (PA) 70,5 homicídios por 100 mil habitantes
- Macapá (AP) 70,0 homicídios por 100 mil habitantes
- Feira de Santana (BA) 68,5 homicídios por 100 mil habitantes
- Juazeiro (BA) 68,3 homicídios por 100 mil habitantes
- Teixeira de Freitas (BA) 66,8 homicídios por 100 mil habitantes
- Salvador (BA) 66,0 homicídios por 100 mil habitantes
- Mossoró (RN) 63,5 homicídios por 100 mil habitantes
- Ilhéus (BA) 62,1 homicídios por 100 mil habitantes
- Itaituba (PA) 61,6 homicídios por 100 mil habitantes
- Itaguaí (RJ) 61,6 homicídios por 100 mil habitantes
- Queimados (RJ) 61,2 homicídios por 100 mil habitantes
- Luís Eduardo Magalhães (BA) 56,5 homicídios por 100 mil habitantes
- Eunápolis (BA) 56,3 homicídios por 100 mil habitantes
- Santa Rita (PB) 56,0 homicídios por 100 mil habitantes
O governo da Bahia disse nesta quinta-feira (20/07/2023) que as pessoas mortas em confrontos com os agentes são “homicidas, traficantes, estupradores, assaltantes, entre outros criminosos”.
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