Internado no Hospital Estadual da Criança (HEC) desde maio de 2011, logo após seu nascimento, E.M.S., 2 anos, voltou para casa no bairro Baraúnas, nesta quarta-feira (27/11/2013). Ele sofre de atrofia muscular congênita e precisa do uso contínuo de um respirador artificial.
Familiares e vizinhos da criança prepararam uma calorosa e emocionante recepção para o pequeno, que encontrou a casa totalmente reformada para oferecer todo o conforto necessário ao internamento domiciliar.
No quarto espaçoso e bem equipado, com leito hospitalar, respirador, aspirador e cilindro de oxigênio, há todo o suporte para a família dar continuidade ao tratamento. A mãe do garoto, Cíntia Moraes, se emocionou com a volta pra casa. “É como se ele tivesse nascido agora. Estou muito feliz de ter meu filho em casa”.
A continuidade do processo de desospitalização do HEC tem como principal objetivo, humanizar o tratamento de pacientes com internação prolongada, possibilitando a saída segura do ambiente hospitalar, por meio da adaptação ao convívio doméstico, além do treinamento dos familiares para os cuidados domiciliares.
Visita – As equipes de enfermagem e de serviço social do HEC visitaram na terça-feira (26), a casa de dois pacientes que estiveram internados por um longo período na UTI Pediátrica da unidade hospitalar e voltaram para o convívio familiar no dia 13/11, há 15 dias.
A primeira parada foi no distrito de Matinha, onde mora a família de M.B.S., de 5 anos. “Estou muito feliz em cuidar do meu filho no quarto dele, no conforto do lar”, afirmou a mãe de M.B.S., Simone Lima.
No bairro Feira IX, a equipe foi à casa de R.J.S, 6 anos. Internada desde a inauguração do HEC, em agosto de 2010, a paciente tem se adaptado satisfatoriamente ao ambiente familiar, onde recebe os cuidados da mãe Renata de Jesus.
De acordo com a coordenadora de enfermagem do HEC, Lívia Leite, a finalidade da visita foi verificar a continuidade do tratamento e os cuidados prestados pela família, que foram aprendidos durante a internação. “Criamos um vínculo com essas crianças e precisamos verificar se realmente eles estão bem, ao retornar para casa após tanto tempo no hospital”, explica.
A coordenadora do Serviço Social do HEC, Gilmara Lopes ressalta a importância de acompanhar a desospitalização com o intuito de efetivar e garantir o direito dessas crianças. “É preciso manter um ambiente saudável e acolhedor para a criança no retorno ao lar e ao convívio familiar, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu Art. 7º”, explica a assistente social.
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