Destacado colunista da Folha de São Paulo critica severamente juiz Sérgio Moro; magistrado apela ao que não procede e insulta, diz Janio de Freitas

Atuação do juiz federal Sergio Moro é severamente criticada pelo jornalista Janio de Freitas.
Atuação do juiz federal Sergio Moro é severamente criticada pelo jornalista Janio de Freitas.
Atuação do juiz federal Sergio Moro é severamente criticada pelo jornalista Janio de Freitas.
Atuação do juiz federal Sergio Moro é severamente criticada pelo jornalista Janio de Freitas.

Janio de Freitas, colunista e membro do Conselho Editorial do Jornal Folha de São Paulo, publicou artigo nesta quinta-feira (20/03/2017) criticando severamente a atuação do juiz Sérgio Moro, na condução do processo judicial em que é réu o ex-presidente Lula. Na avaliação do jornalista, Sérgio Moro insulta, age com parcialidade e toma decisões infundadas.

A seguir, os trechos do artigo ‘Insucesso na busca de prova leva Moro ao descontrole das argumentações’, em que Janio de Freitas acerva sobre as equivocadas condutas e decisões do magistrado Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula:

— Tem de tudo, desde os milhares de palavras sobre o próprio autor [juiz Sérgio Moro], a opiniões pessoais sobre a situação nacional […]. Dizem mais do juiz que do acusado.

— A resposta do juiz ao primeiro recurso contra a sentença é mais do que continuidade da peça contestada. É um novo avanço: lança a inclusão do insulto. Contrariado com as críticas à condenação carente de provas, Moro argumenta que não pode prender-se à formalidade da ação julgada.

— O insucesso na busca de documento ou outra prova que contrarie Lula, apesar dos esforços legítimos ou não para obtê-la, é o que leva os procuradores e Moro ao descontrole das argumentações.

— Em meado do ano passado [2016], Pinheiro e Marcelo Odebrecht foram postos sob a ameaça, feita publicamente pela Lava Jato, de ficarem fora das delações premiadas, que em breve se encerrariam. Ambos sabiam o que era desejado [a citação do nome do ex-presidente Lula]. E começaram as negociações. Odebrecht apressou-se. Pinheiro resistiu até há pouco. A ameaça de passar a velhice na cadeia o vendeu.

— Porque o apartamento pode até ser de Lula, mas ainda não há provas. A Lava Jato e o juiz só dispõem da “mera aparência”, o que Moro diz não prestar.

— A igualdade das condutas de Cunha e Lula não existe. Moro apela ao que não procede.

— Infundada, a igualdade de Eduardo Cunha e Lula passou de argumento a insulto. A rigor, assim era desde o início. E juiz que insulta uma das partes infringe a imparcialidade. Mostra-se parte também.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10782 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.