Conta de luz no Brasil lidera o ranking global de peso no bolso dos consumidores

Especialista explica o que causa esse cenário e traz dicas para que a população possa economizar. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Especialista explica o que causa esse cenário e traz dicas para que a população possa economizar. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os brasileiros estão pagando a conta de luz que mais pesa em seus bolsos em comparação com outros 34 países ao redor do mundo. Segundo projeções da Abrace Energia, em 2023, os consumidores no Brasil devem desembolsar aproximadamente R$ 10 bilhões a mais em suas contas de luz a cada mês para cobrir custos de tributos e subsídios. No total anual, esse valor atinge impressionantes R$ 119 bilhões.

O país alcançou a liderança indesejada ao apresentar o maior custo residencial de energia elétrica do mundo em relação à renda per capita, de acordo com um estudo realizado pela Agência Internacional de Energia, uma parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2022.

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace Energia) divulgou que mais de 60% da conta de luz dos brasileiros está relacionada à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. No entanto, vários fatores contribuem para esse alto custo, incluindo o uso de termelétricas, que têm um custo de produção mais elevado, o sistema de bandeiras tarifárias e a carga tributária.

César Bergo, economista, explicou que subsídios fornecidos a energias renováveis e o uso de carvão mineral, mini e micro hidrelétricas também afetam o preço da energia elétrica. Ele observou que muitos desses custos são repassados diretamente aos consumidores, resultando em um aumento nas contas de luz.

O sistema de bandeiras tarifárias, estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sinaliza o custo real da eletricidade gerada, variando conforme a forma de geração. O economista Fernando de Aquino destacou que a produção de energia hidrelétrica é amplamente usada no Brasil, mas em períodos secos, há uma redução na capacidade de geração, forçando o uso de usinas termelétricas, que geram eletricidade mais cara.

A Aneel adota um sistema de cores para sinalizar o custo da energia. A bandeira verde, que está em vigor em outubro, indica que não é necessário acionar usinas mais dispendiosas, resultando em custos adicionais zero para os consumidores. Contudo, quando os custos aumentam, a Aneel pode acionar as bandeiras amarela e vermelha, que impactam o valor final da conta de luz.

Para lidar com as contas de luz pesadas, economistas aconselham medidas simples, como reduzir o uso de aparelhos elétricos, aproveitar a luz natural para atividades e utilizar a eletricidade fora dos horários de pico, que podem ser verificados nas próprias faturas de energia. Essas estratégias podem ajudar os consumidores a reduzir seu consumo e, assim, economizar em suas contas de luz.

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