“A Bahia perde mais um pedaço de sua alma, nesta segunda-feira (30/03/2020), com a morte, aos 98 anos, do grande sambista Riachão. Sou de quase perto de Minas, de Livramento de Nossa Senhora, e a primeira canção do samba baiano que ouvi foi de Riachão, com o seu grande sucesso ‘Cada macaco no seu galho’, na voz de outro baiano genial, Gilberto Gil, cujas origens estão perto das minhas, em Ituaçu. É a música de um cronista popular, irreverente, que viveu pelas feiras, mercados e ruas da cidade captando o que o povo pensa e diz, marcando indelevelmente a nossa baianidade”, destacou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Nelson Leal, em moção de pesar, apresentada perante à Mesa Diretora da ALBA.
O presidente Nelson Leal disse que o nome de Riachão já está imortalizado, inclusive já dando nome ao circuito do Carnaval no bairro do Garcia. “O que devemos fazer agora é perpetuar a sua obra musical. São mais de 500 composições que precisam ser organizadas e gravadas. A Assembleia Legislativa da Bahia, através do selo ALBA Cultural, está disposta em colaborar no que for preciso para que o legado de Riachão seja preservado e passado para as futuras gerações”, disse Leal, externando o seu abraço de solidariedade à família e aos amigos de Riachão.
Riachão era o nome artístico de Clementino Rodrigues, considerado um dos maiores bambas do samba da Bahia. É autor de músicas que marcaram época para diversas gerações, retratando acontecimentos locais, como, por exemplo, a visita da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, ao Brasil – e à Bahia – em 1968: “Sei que também você viu, em plena Avenida Sete, foi aplaudida no Palácio da Aclamação, foi a maior emoção, a Rainha Elizabeth”.
Deputado federal João Roma lamenta morte do sambista Riachão
O deputado federal João Roma (Republicanos) lamentou nesta segunda-feira (30/03/2020) a morte do sambista baiano Riachão, Clementino Rodrigues que faleceu aos 98 anos por causas naturais. Autor de sucessos como ‘Cada Macaco no seu Galho’ e ‘Vá Morar com o Diabo’, Riachão era um dos mais cultuados nomes do samba brasileiro, com lugar cativo ao lado de Cartola, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara e tantos outros.
“Hoje nos despedimos de uma das figuras mais marcantes do samba brasileiro, o cantor e compositor baiano Riachão, que deixa um imenso legado para a música baiana e brasileira. Riachão deixa uma marca inestimável para a nossa Cultura que devemos preservar e cultuar”, disse Roma.